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sexta-feira, 23 de maio de 2014

Cesta em vidro moldado Portieux

A Portieux, fundada na França pelo Duque Leopoldo de Lorena, começou a produzir vidros em 1705.
Isso mesmo, não escrevi errado não, 1705!

Chegou a encerrar suas atividades em 1977, mas reabriu em 1986 e em 1996 foi comprada por outra empresa assumindo o nome Portieux & Vallerysthal.
Famosa na produção de opalina e no uso de padrões mais requintados, suas peças são o desejo de colecionadores do mundo inteiro, inclusive no Brasil.
Esta peça aparece no catálogo da Portieux de 1914, e repare que o nome usado é corbeille, cesta em português.
A imagem do catálogo foi gentilmente cedida pela simpática colecionadora de saleiros Debi Raitz que possui um site muito interessante o opensalts.us.
O padrão de decoração usado na cesta é um padrão muito procurado no Brasil em compoteiras, a famosa "compoteira dragão".
Mas se você retornar ao catálogo notará que a linha de produtos se chama chimères, ou seja, não são dragões, são quimeras.
A quimera é um ser formado por partes de vários animais, dragão, leão,serpente e até cabra.
Pode ser alado, soltar fogo, mas não é apenas um dragão.

Portanto, a partir de hoje, quando você se deparar com uma "compoteira dragão", saiba que na verdade é uma compoteira quimera.

E aproveitando para falar das compoteiras quimera, que por sinal possuem preços altíssimos, se você voltar a olhar a imagem do catálogo mais uma vez, vai notar que a compoteira quimera deve vir acompanhada de um prato de apoio chamado présentoir, caso contrário ela está incompleta.

Pelas características do vidro e pela cesta quimera possuir a marca Portieux gravada, acredito se tratar de uma peça produzida entre as décadas de 1920 e 1930
Possui 18,5 cm de diâmetro e 5,0 cm de altura.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Travessa e pratos para rocambole Nadir Figueiredo S.A.

Uma empresa que surpreende pela sua história desde a fundação até os dias de hoje.
Nadir Dias de Figueiredo abre, em 1912 no centro da cidade de São Paulo, uma empresa que vendia e consertava máquinas de escrever no.
A partir de então o empreendedorismo de Nadir, junto com seu irmão, faz a empresa crescer, passando pela fabricação de artigos de iluminação, aparelhos elétricos e munições para as forças armadas na Revolução Constitucionalista.

Ao término da revolução a empresa Nadir Figueiredo adquire uma empresa de vidros e entra para esse ramo trazendo para o Brasil o que havia de melhor em tecnologia na produção vidreira.

Um fato interessante que eu desconhecia é que o nosso famoso copo americano foi criação de Nadir Figueiredo.
O design inspirado em produtos norte americanos é a única coisa que o copo tem de americano pois ele foi projetado com medidas e capacidade exatamente para o gosto dos brasileiros.

Também foi Nadir quem introduziu o "copo embalagem".
Quem tem um pouco mais de idade vai lembrar dos famosos copos de requeijão, extrato de tomate, geleia...

Em 1942, na cidade de Pedreira, a Nadir abre uma fábrica que vai produzir louças em faiança até meados da década de 1990.

E aqui entra a travessa de rocambole.
Feita na medida certa para o rocambole, a travessa mede 35,0 cm por 18,0 cm.
E cada um dos pratos mede 13,5 cm por 13,5 cm. E apesar de quadrados, possuem a área central levemente côncava para acomodar a fatia do rocambole.

Decoração que lembra uma aquarela.

Peça da década de 1960, máximo do início de 1970.
Época em que nossas mães tinham todo o trabalho de assar um bolo que não ficasse muito grosso, rechear, enrolar (sem quebrar), e cobrir com uma generosa camada de chantili!
 A Nadir Figueiredo possui um site que você pode acessar clicando aqui.